Atualmente, existem diversos métodos ágeis usados no mercado, cujo o objetivo é atender às demandas dos clientes e seus projetos de maneira mais flexível e com maior produtividade. Um exemplo de método ágil empregado no desenvolvimento de projetos e também no meio tecnológico é o DSDM (do inglês Dynamic Systems Development Method).
Originado no Reino Unido em 1990, através do DSDM Consortium, uma associação de consultores e especialistas no ramo de Engenharia de Software, partilharam e combinaram as suas melhores técnicas e experiências. Seu objetivo era a união do desenvolvimento de uma extensão do RAD (Rapid Application Development) independente, cuja as principais características são os prazos curtos e orçamentos fixos.
O DSDM é uma metodologia de desenvolvimento de sistemas dinâmicos, que visa desenvolver projetos com a qualidade desejada sem ultrapassar limites de tempo e orçamento. Entre suas melhores práticas estão o desenvolvimento incremental e iterativo, exigências flexíveis, a colaboração e comunicação entre cliente e equipe, além da integração de funcionalidades.
Figura 1 – Princípio fundamental da DSDM / Fonte: http://slideplayer.com/slide/7382731/
A Figura 1 nos mostra o princípio fundamental do DSDM. Diferente da metodologia Cascata (do inglês Waterfall) onde tempo e recursos podem variar, no DSDM tempo e recursos são fixos.
O DSDM consiste em três fases sequenciais: Pré-Projeto, Projeto e Pós-Projeto.
Fase 1: O Pré-Projeto
No pré-projeto são identificados os projetos candidatos, onde são definidos o orçamento e a assinatura do contrato. Estes critérios devem ser controlados antecipadamente para evitar problemas futuros e em estágios mais críticos.
Fase 2: O Ciclo de Vida do Projeto
Nesta etapa, o Estudo de viabilidade e o Estudo de Negócio são fases sequenciais que se completam entre si. Após a conclusão destas fases, o sistema é desenvolvido iterativamente e de forma incremental nos níveis de Análise Funcional, Desenho e Implementação.
- Estudo da Viabilidade – Estabelece requisitos básicos de negócio e restrições associados à aplicação a ser construída. Depois avalia se a aplicação é um candidato viável para o processo DSDM.
- Estudo do Negócio – Incrementa todo o trabalho realizado no Estudo de Viabilidade. Depois do projeto ser declarado viável para o uso da DSDM, este nível examina o processo de financiamento, os utilizadores envolvidos e as suas necessidades e desejos respectivos.
- Iteração de Modelos Funcionais – Onde é produzido um conjunto de protótipos incrementais que demonstram a funcionalidade para o cliente. Neste ciclo iterativo procura-se juntar os requisitos adicionais ao se obter feedback dos usuários conforme eles vão testando e utilizando o protótipo.
- Iteração de Projeto e Desenvolvimento – Onde revisitamos os protótipos desenvolvidos durante a iteração de modelos funcionais, para assegurar que cada um tenha passado por um processo de engenharia. Assim, conseguimos oferecer aos usuários finais o valor de negócio em termos operacionais.
- Implementação – Onde de fato colocamos a última versão do incremento de software no ambiente operacional. Nesta última fase o incremento pode não estar 100% completo ou ainda alterações podem ser solicitadas conforme o incremento seja alocado.
Fase 3: Pós-Projeto
Esta fase garante a eficiência e eficácia do projeto. Através de manutenções, melhorias e ajustes de acordo com os princípios do DSDM. A manutenção pode ser vista como um contínuo desenvolvimento. Invés de finalizar o ciclo de vida de apenas 1 vez, normalmente o projeto pode retomar fases anteriores a fim de refinar ainda mais o passo concluído.
Alguns exemplos para a utilização do DSDM:
- Projetos Urgentes – Projetos time to market são dos mais conceituados para se adaptarem ao DSDM. O método Timeboxing e prioridades de funções levam à entrega do produto à hora com as funcionalidades essenciais.
- Projetos de Novas Tecnologias – Estes projetos necessitam de um espaço para a experimentação e privilegiam o retorno das experiências antes de tomar decisões definitivas. É necessário por vezes alterar a estrutura do projeto e com os princípios da reutilização e reconfiguração que DSDM oferece, isto torna-se possível.
- Projetos de Desenvolvimento de Produtos – A DSDM é adaptada para projetos de desenvolvimento de produtos. Estes projetos têm frequentemente prazos.
O DSDM é uma ótima e segura base para equipes de desenvolvimento que têm em mãos projetos com necessidade de execução rápida e com requisitos flexíveis. Onde visa desenvolver projetos com a qualidade desejada sem ultrapassar limites de tempo e orçamento. É constituída por 3 fases que ajudam na facilitação do projeto e de seu desenvolvimento. A partir desta metodologia, é possível construir um trabalho que agrade ao cliente, à equipe de desenvolvimento e aos utilizadores finais que terão a oportunidade de interagir com todo o desenvolvimento do sistema de informação, através das frequentes fases de testes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
What Is DSDM? – Acesso em set. 2017. Disponível em: <https://www.codeproject.com/Articles/5097/What-Is-DSDM>
O que você precisa saber sobre metodologias ágeis de desenvolvimento – Acesso em set. 2017. Disponível em: <https://gaea.com.br/o-que-voce-precisa-saber-sobre-metodologias-ageis-de-desenvolvimento/>
Método de Desenvolvimento Dinâmico do Sistema (DSDM) – Acesso em set. 2017. Disponível em: <http://acessoparadesenvolvedor.blogspot.com.br/2011/07/metodologia-metodo-de-desenvolvimento.html>
Metodologia de desenvolvimento de sistemas dinâmicos – Acesso em set. 2017. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Metodologia_de_desenvolvimento_de_sistemas_din%C3%A2micos>
Deixe um comentário